Sérgio Conceição: "Podíamos e devíamos ter entrado de outra forma"

Sérgio Conceição: "Podíamos e devíamos ter entrado de outra forma"
| Desporto
Porto Canal

O FC Porto regressou ao trilho das vitórias na Liga ao vencer o Desportivo de Chaves, por 3-0, na 32.ª jornada da prova. No rescaldo do encontro decidido por Francisco Conceição, Evanilson e Mehdi Taremi, Sérgio Conceição sublinhou a necessidade de mostrar “grande ambição, empenho e determinação” para complementar a “estratégia e organização” de um grupo de “profissionais” com “mais qualidade individual do que o adversário”. “Temos que aproveitar mais isso, independentemente de já não termos possibilidades no campeonato. Há sempre o representar um clube como o FC Porto e a paixão pelo futebol”, explicou o técnico portista.

Início apagado
“O principal objetivo de cada um dos jogadores tem que ser representar este clube da melhor forma em cada dia que estamos aqui. Falo de uma grande ambição, empenho, determinação e isso está presente, mas acho que entrámos no jogo sem brilho e sem prazer. Falamos de estratégia, organização, de encontrar o espaço… quando não associamos tudo o que fazemos, que é correr com paixão, fica mais difícil para mim entender o que fazemos. Disse aos jogadores que faltou isso nos primeiros 15 minutos. Depois começámos a entrar no jogo, tivemos a situação do golo, a expulsão do Júnior Pius e as incidências do jogo foram ao encontro da nossa equipa. De qualquer das maneiras, acho que podíamos e devíamos ter entrado de outra forma, apesar de os jogadores terem corrido e dado o melhor para ganhar. Foram profissionais, sem dúvida, mas quando temos alegria, prazer e um brilho no olho as coisas ficam mais fáceis. Temos mais qualidade individual do que o adversário e conseguimos desbloquear o jogo com mais facilidade.”

Experiência própria
“Eu joguei futebol, estive lá dentro todos os dias, quando era miúdo jogava na estrada sem sapatilhas e só tive as primeiras aos 13 anos. Os jogadores têm que perceber isso, mesmo com grande dificuldade por causa dos joelhos, lá em casa contra os meus filhos eu sou competitivo e quero ganhar. Tenho um gosto e uma paixão enorme pelo jogo. Parece uma daquelas profissões que é um peso, como trabalhar nas obras de manhã à noite, mas não é. Somos abençoados por fazer o que gostamos, aquilo que muita gente gostava de fazer e não pode porque não teve oportunidade ou talento. Temos que aproveitar mais isso, independentemente de já não termos possibilidades no campeonato. Há sempre o representar um clube como o FC Porto e a paixão pelo futebol.”

Mais uma estreia
“Tínhamos alguns jogadores lesionados, outros castigados, e decidimos ter o Gonçalo Sousa no banco. É mais um miúdo, fico muitíssimo contente pela estreia dele, espero que seja o primeiro de muitos jogos pelo FC Porto, porque tem muito talento. Agora é preciso associar esse talento a outras caraterísticas fundamentais para chegar ao topo e se manter lá em cima. Fico contente com mais um jogo consistente do Martim numa equipa jovem com 11 jogadores na folha que vieram da formação. Isso deixa-me feliz e deixa felizes os adeptos, principalmente porque ganhámos. Eu posso estrear 11 jovens de início, mas estarei sujeito à crítica se não ganharmos, e bem, porque nós vivemos de resultados.”

90 jogos e 11 golos de Francisco
“O António Oliveira foi o grande culpado disso, porque me metia a jogar a lateral e se eu jogasse na frente teria marcado mais golos. É importante que a família fique ligada a este grandíssimo clube chamado o FC Porto. Isso enche-nos de orgulho e é um prazer enorme. Estou contente pelo Francisco, pelo Martim, pelo Gonçalo e por todos os miúdos com talento que aparecem, são lançados, dão uma resposta positiva e conseguem ser mais-valias para o clube, porque isso é o mais importante.”

O futuro de Taremi
“Como viram hoje ele é um profissional fantástico, jogou como se tivesse dez anos de contrato e isso para mim é o mais importante. Seria uma estupidez não utilizar um jogador de qualidade com contrato até junho porque achamos que vai para outra equipa no próximo ano. Há outros jogadores que poderão sair tendo quatro anos de contrato e por vezes não têm a capacidade de dar o que o Taremi deu e continua a dar. Hoje o futebol é assim, não é só o FC Porto, os jogadores chegam a uma certa idade e os clubes pesam os custos. A opção da direção é esta, a dos jogadores é semelhante, e temos que respeitar. O Taremi tem sido um profissional fantástico, gosto tanto dele como de todos os outros jogadores, porque são todos meus filhos, mas joga quem dá mais no treinou ou pode ser importante num determinado jogo. Se eu achar que ele tem importância para iniciar o jogo ele é titular, se achar que deve ir para o banco ele é suplente e se achar que deve ficar em casa ele fica em casa. É tratado como todos os outros, como foram tratados outros jogadores que estiveram na mesma situação comigo.”

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