Fim das portagens nas ex-SCUT trata-se de "fazer justiça às populações e ao mundo empresarial do interior”

Fim das portagens nas ex-SCUT trata-se de "fazer justiça às populações e ao mundo empresarial do interior”
Foto: Pedro Benjamim | Porto Canal
| País
Porto Canal/Agências

A Plataforma P'la Reposição das Scut disse esta quinta-feira que a aprovação na Assembleia da República do fim das portagens fez justiça à população e às empresas do interior do país.

Segundo o porta-voz do grupo, Luís Garra, a votação traduz-se em “respeito pelo interior, valorização do interior e em fazer justiça às populações e ao mundo empresarial do interior”.

Em conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, na Covilhã, o representante da organização, que integra sete entidades da Beira Interior, distritos da Guarda e Castelo Branco, saudou a votação e afirmou ser uma medida de coesão territorial.

“Esta votação repõe justiça, porque o interior precisa mesmo de medidas para combater a desertificação, para combater o despovoamento, para ajudar a resolver um problema demográfico que é grave”, frisou Luís Garra.

Luís Garra acrescentou que o movimento vai marcar uma ação pública para se congratular pela votação do fim das portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador e alertou que não seria aceitável em sede de comissão especializada o sentido da votação desta quinta-feira ser alterado.

Luís Veiga, empresário e membro do movimento, salientou que “o definhamento” a nível económico, social e ambiental para a região motivado pelo fim das Scut foram as esperadas e vincou que “há muito para recuperar”.

“Há muito para recuperar. É necessário que haja novas políticas. Quero lembrar que existe um passe dentro do concelho da Covilhã que custa 120 euros por mês”, exemplificou o empresário do ramo hoteleiro.

Luís Veiga referiu ser “de justiça” a reposição das Scut (vias sem custo para o utilizador), que no Orçamento do Estado representam “migalhas”, e avisou que a Plataforma vai continuar a insistir junto do Governo para que tenha em consideração o Plano de Mobilidade para a Beira Interior apresentado ao anterior executivo.

O empresário lamentou a entropia causada pela “falta de mobilidade, [por] não haver alternativas, não haver ligação intermodal entre os transportes ferroviários e rodoviários”.

O parlamento aprovou esta quinta-feira na generalidade o projeto de lei do PS para eliminar as portagens nas ex-Scut com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.

Nas votações deste projeto, PSD e CDS-PP votaram contra e a IL absteve-se.

A proposta do PS pretende acabar com as portagens na A4 - Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 -Pinhal Interior, A22 - Algarve, A23 - Beira Interior, A24 - Interior Norte, A25 - Beiras Litoral e Alta e A28 – Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

Esta medida - que de acordo com os socialistas tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros - entrará em vigor em 01 de janeiro de 2025, segundo o projeto de lei do PS.

A Plataforma P'la Reposição das Scut na A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda – Associação Empresarial da Beira Baixa, União de Sindicatos de Castelo Branco, Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, Associação Empresarial da Região da Guarda, Comissão de Utentes da A25 e União de Sindicatos da Guarda.

A A23 (Autoestrada da Beira Interior) liga Guarda a Torres Novas (A1), enquanto a A25 (Autoestrada Beiras Litoral e Alta) assegura a ligação entre Aveiro e a fronteira de Vilar Formoso.

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